domingo, 23 de janeiro de 2011

Sabes que...

...és músico de orquestra há demasiado tempo quando estás sentado numa plateia a ver um concerto, o maestro entra e tu tens o impulso automático de te levantar.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Audição de alunos

 Já há data para a tão ansiada

Audição de Alunos
14 de Maio de 2011

Pensa no que queres tocar e fala com os teus colegas!
Apresenta uma proposta (em grupo ou a solo) 
até ao dia 15 de Abril com
  • lista de intérpretes (com nomes, instrumentos e graus)
  • nome da obra
  • compositor
  • duração

Contacta directamente a AEIGL 
ou então envia um mail para:
audicaoalunos@gmail.com
 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sabes que...


Sabes que andas no IGL quando achas pouco provável vir a ter aulas na sala 13.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Este fim-de-semana não fui dormir a casa.

Tive uma sexta-feira atribulada, com uma aula de Violoncelo que podia ter sido bastante melhor. Tenho muita música para fazer e decidi ficar a dormir no instituto.

Fui deitar-me na sala 41, onde dormem os rapazes de cordas do secundário. Vi que as outras camas estavam vazias, para não variar. É uma sala um bocadinho solitária, desde que o Alberto se foi embora (nunca imaginei dizer que sinto a falta dele por ali, já que estava sempre a queixar-me da confusão e do barulho que ele fazia). Às vezes o Jorge vai lá fazer companhia e nesses dias fico acordado até às tantas a falar sobre tudo e mais alguma coisa com ele. Quanto mais nerd for o tema de conversa melhor.

Mas apesar da solidão durante a noite é bom dormir ali. Todos os que dormem nesta casa, tornam-na numa espécie de lugar encantado. O gosto pela música une-nos telepaticamente, como uma radiação de fundo permanente, sempre a libertar energia (sim, eu sei o que estão a pensar...)

Acordei no sábado de manhã, com o cabelo virado do avesso, como é costume. Só faltava aparecer a Laura para dar uma gargalhada arpejada e dizer "O teu cabelo está cómico!". Ela já não mora aqui. Dorme cá às vezes, telefona todos os dias, mas agora casou-se com a música e foi viver para uma nova casa. Mas como todos os bons gregorianos, vem cá sempre aos almoços de Domingo. Cruzei-me foi com a Mafalda, que vinha da camarata feminina das pianistas do secundário (sala 44). Ela olhou para o meu cabelo e esboçou um sorriso muito discreto.

- Podes gozar se quiseres! - disse eu.

- Com o quê? Não sei do que estás a falar. - respondeu com um ar culpado e cómico.

Fui à sala 23 (WC) tratar da minha vida, e desci depois para a 10 (sala de alunos) com o meu pijama das vaquinhas. Havia imensas crianças (das quais reconheço as caras mas nunca sei os nomes) a ver os desenhos animados da manhã projectados na parede com um daqueles aparelhos que ganhámos numas rifas quaisquer. Não estava à espera de encontrar tantas crianças a passar cá o fim-de-semana. Às vezes nem tenho noção do quanto eles gostam de estar por aqui, mesmo que não seja para tocar ou cantar. Com o tempo, de certeza que esse espírito de pertença vai passar para a música que eles fizerem.

Mas não podia ficar ali especado a ver televisão com a quantidade de coisas que tinha para fazer. Fui de pijama ao Caravela, tomar o pequeno-almoço. Cheguei a pensar comer uma tosta de atum, com a fome tinha, mas fiquei-me pelo pãozinho de ló, que me pareceu mais adequado à altura do dia. Quem estava por ali sentado era o Daniel e a Filipa. O Daniel já estava arranjado para sair, porque nesse dia ia a Mafra buscar a pedaleira nova que ficara pronta uns dias antes. A Filipa estava à conversa com ele, e com uns cadernos lá das coisas que ela estuda. Estavam a rir-se, como só podia ser. Provavelmente uma piada seca da Filipa ou uma piada geek do Daniel. Qualquer um dos dois eventos é possível, e quaquer um deles tem qualidade suficiente para provocar muitas gargalhadas.

Um bocadinho depois entrou a Margarida ainda enrolada numa manta. Estava com frio, porque acabara de acordar.

- Então? Pronta para fazer música? Temos ensaio do quinteto daqui a pouco. - perguntei

- Sempre, claro! Mas só depois de fazer uns vocalizes matinais para ver se aqueço um bocadinho. Faço até ao Fá7 e vou logo ter convosco.

Entrou logo a seguir o Jorge que parecia já ter acordado há horas. Já estava vestido, trazia um bloquinho de notas e parecia, como é habitual, estar a definir um plano para controlar o mundo. Pegou no bloquinho e abordou-me.

- Olá! Olha, temos de ir daqui a um bocado às compras para o jantar!

- Ah! Já nem me lembrava... Vem cá toda a gente!

Naquele dia tínhamos combinado fazer um jantar com a famelga toda, incluindo os emigrantes que vinham cá de propósito desde a Holanda, Itália, Inglaterra, Aveiro e até Évora! E era eu que ia cozinhar, como já é habitual. O que vale é que a Teresa vinha cá ter mais cedo para me ajudar. Engraçado como ela, apesar de parecer isolada do mundo, é depois uma pessoa tão prática, disposta a ajudar no que for preciso. Foi viver para fora de casa, como a Laura, mas também continua a vir aqui todas as semanas. Continuei a conversar com o Jorge:

- O que é que se faz logo à noite? - perguntou ele.

- Epá, podia fazer bolonhesa que acaba por ser o mais prático. Não, se calhar vamos para a lasanha que é para o pessoal ficar todo contente. E depois podíamos jogar ao lobo, e cantar um bocado, talvez.

- Parece-me bem, desde que não me obriguem a cantar cânticos Hindus!

- Ahah, por muito tempo que passe acho que me vou continuar a rir dessa história.

Fizemos uma lista de compras e fomos para o ensaio do quinteto. Já lá estava a Rita na 26, ainda de pijama, toda contente a ver a parte de piano do quinteto. O entusiasmo que ela tem a tocar aquilo deixa-me mesmo feliz. Vejo nela as capacidades para vir a ser uma grande intérprete. Chegou entretanto a Sofia, com um ar todo enérgico e cheia de vontade de voltar a pegar no Violoncelo, e depois a Margarida, já mais acordada. E tivemos um ensaio do caraças (perdoem-me a expressão). Senti-me verdadeiramente honrado por ter a oportunidade de fazer ESTE trabalho com ESTES amigos. Já mais para o fim do ensaio, começámos a tocar músicas de Natal na brincadeira, com harmonias malucas e com o Jorge a fazer glissandos no Jingle Bells.

Ouvi a certa altura um piano na 27.

Lá! Lá! Dó#! Mi! mi-ré, dó#-si, lá-sol#, fá#-mi. Si! Si! Ré! Fá#! Miii! Ré-Mi...

Fiquei estático e com o coração a bater um bom bocado mais depressa. Não era suposto... Ela tinha-me dito que este fim-de-semana ia a casa. Mas agora não a podia interromper. Que dilema... Contive-me e fui para a sala de alunos. Depois da algum tempo na conversa ouviu-se A pergunta "Bora ao topo?" vinda do Pombo, que estava de máquina fotográfica na mão. Tinha passado um Antonov 225 ali em cima, e ele teve de o fotografar, obviamente. Toda a gente concordou e para lá nos encaminhámos, que estava na hora do almoço. Mas havia alguém que tinha de ir chamar. As saudades já apertavam fortes demais. Fui ter à 27. Ouvia-se vagamente o som do piano cá fora. Abri a porta de rompante, para encontrar uma professora a tocar uma coisa qualquer. Parou imediatamente quando entrei e perguntou:

- Tens á cértêza de que nâu te querez ir imbôra?

- Ah, desculpe... foi engano.

E saí entristecido. "Que fail! Pensei que... Bolas, vou mas é almoçar."

Entretanto ouvi o órgão a tocar. Era o Ricardo. Passei por lá para o trazer para o Topo.

- Would you fancy a bite to eat at "the top"?

- Yeah mate! Sure. - respondeu com sotaque escocês. E continuou:

- Olha, está aí a chegar o Afonso! Hi lad!

- Afonso!!! Que é feito! Já tinha saudades tuas! Fazes falta por aqui... - disse eu.

- Epá, ando com uns stresses, sabes comekié. - e deu um abraço a mim e ao Ricardo.

- És sempre a mesma coisa. Temos muito de conversar! Há muita informação para actualizar rapaz! - ralhei com ele.

- Sim, também me aconteceram umas cenas e tal...

- Depois falamos melhor. Agora vamos almoçar, tens de vir. Então e o Zé?

- Já está aí a chegar. Está a acabar um projecto de programação.

- Faz bem ao carácter. E umas bananinhas ajudam sempre. Ahah!

Acabaram por vir também muitos outros almoçar. O António, a Carolina Sá, a Laura, a Mafalda, a Ché, a Leonor, a Maria da Paz, o Luís e a Carolina Correia. A Ana Raquel veio, já sem cornetos, e trouxe consigo o seu maestro Oliveira. Foi a risota total durante o almoço. Falou-se de tudo e mais alguma coisa. Até já ficámos com mais um concerto em Alverca marcado! Sabe tão bem estar com esta gente. Já quase no final dos nossos hamburgueres, e entrou o TiagoA, no seu pijama com os carrinhos.

- Então, que tal esse sono de bela adormecida?

- Epá, foi do bufo. Dormir e comer. Este dia promete! - exclamou o TiagoA.

- Ahah! Granda deboche! Temos de ir daqui a um bocado às compras. Vens comigo e com o Jorge para nos ajudares a carregar a cerveja.

- Na boa! Mas até parece é que eu só sirvo para isso. AHAH!

Entretanto, olhei pela janela do Topo e reparei que uma rapariga estava a passar em frente ao instituto com um saco que parecia estar carregado de livros. Podia jurar que... "É só impressão minha", pensei, e deixei isso para trás. Acabámos por ficar imenso tempo ali na conversa e a fazer desenhos na mesa do restaurante. Depois de pagarmos fomos às compras. A Laura entretanto tinha mandado uma mensagem a dizer para gastarmos pouco dinheiro. "Preocupa-se demais! Mas é um xuxu!", pensei.

Durante o tempo que tinha livre fui estudar o concerto de Saint-Säens, o Bach, e o raio dos estudos do Popper... E estudei como nunca tinha estudado. Só espero fazer bem aquele exame. Vai ser a última coisa que eu faço naquela casa.

Estava quase a chegar às 18.00. A essa hora passava por cima do IGL o nosso jacto particular que trazia a Ana, o André e a Bayley. Eles iam saltar de pára-quedas ali à frente da câmara. Desta vez até o Manuel vinha, só para verem a dimensão do evento. Mas entretanto chegavam de helicóptero o Alberto, a Débora e a Eunice e o Luís P. Deu para reconhecer a Débora, porque vinha com um daqueles carrinhos de compras das velhotas com legumes da horta. E ouviu-se ao fundo o barulho de um avião. Eram os estrangeiros a chegar!!! Estava com uma vontade de ver aquelas pessoas! Voltar a partilhar nerdisses com a Bayley, mostrar-lhe as minhas composições e ver as descobertas musicais dela. Ir ao bairro com o Manuel. Falar com o André sobre tudo aquilo que temos em comum, desde o IST à religião, e claro, a música. E dar um abraço mesmo grande à Anny, e dizer-lhe como ela é uma pessoa mesmo importante na minha vida.

Mas agora a confusão era demasiada. Estavam todos numa excitação. Os putos todos queriam falar com o André que andava sempre na brincadeira com eles o ano passado. O IGL parecia o mesmo de há 2 anos. Nem melhor nem pior. Simplesmente com pessoas diferentes e com nós próprios a vê-lo de forma diferente. Só faltava agora a Teresa e a Laura que vinham com o VV (a sua presença tornava este jantar numa actividade inter-institucional). Ouviu-se um riso irreconhecível. Eu respondi com o meu riso de trolha, e desencadeou-se uma reacção em cadeia, em que a Teresa estava já quase no chão de tanto rir. A Filipa ainda não tinha observado este fenómeno, e perguntou discretamente à Anny se era desta que tínhamos dado em doidos, enquanto as duas faziam uma análise psicológica do assunto.

Depois de tudo isto reparei que entrava na 5 de Outubro um Citröen AX com um ar muito velhote. "Não é possível! Ela está cá afinal? E a conduzir?". O carro aproximou-se, abriu-se a janela:

- Olá Franny! Como te corre a vida?

- Estás aqui! - disse eu, quase a saltitar de emoção.

- Não. Sou um holograma.

- Hey! Essa piada podia ser minha... Mas agora a sério! Não disseste que ias a casa? - perguntei, ainda sem perceber muito bem o que se estava a passar.

- Disse. Mas foi mais forte do que eu. Por mim ficava aqui sempre. Vim para cá estudar de manhã, e vou dormir cá hoje.

- Então eras tu a tocar piano hoje de manhã?

- Sim, sabia que tinhas ensaio e não te quis incomodar.

- E porque é que não me disseste nada? Porque é que não vieste almoçar connosco?

- Às vezes também gosto de causar impacto... Não podes ser sempre tu a fazer coisas não planeadas! Hihi... Fui a casa, e estreei-me a conduzir o carro sozinha, depois de ter passado na condução! Fui lá buscar uns vídeos de que me tinha esquecido para vermos hoje com toda a gente.

- Ainda bem que vieste! Este jantar só pode correr bem!

E estava tudo preparado para uma noite em cheio. O "salão" 6 ia receber a maior lasanha do mundo e a maior dose de crepes da história! "Podes me fazer companhia? Isso chega (desta vez não há frango para cortar). Ao trabalho! Teresa, corta aqui umas cebolas! Anny, há béchamel? Laura, dás-nos apoio moral? Tiago, arranja-me aí uma cerveja e ajuda-me a fazer a massa para os crepes... é que não há batedeira outra vez. Sr. Viana, passe aí os oregãos. Devem estar na prateleira de órgão."

E enquanto cozinhávamos na copa íamos ouvindo a música a ressoar pela casa. As paredes estavam vivas. O órgão tocava com todos os registos pelas mãos do André enquanto se experimentava a nova pedaleira do Daniel. Na sala de alunos cantavam-se Motetes de Bach. As salas com piano estavam quase todas ocupadas. As crianças brincavam às escondidas, arriscando-se a ganhar um ralhete da Dona Lina. Dois Violinos tocavam na sala ali ao lado: Ré, mi, fá, soool, fá, mi, dó, ré...

Como correu o jantar? Alguém que conte!

Francisco Moitinho de Almeida

Sabes que...



Sabes que estás no IGL quando o teu rabo limpa os vidros das estantes da biblioteca.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E chegou ao fim mais um dia,

como sempre, cansativo. Hoje coube-me a mim mandar as crianças para a cama e certificar-me de que todas iam dormir e não andavam a passear pelos corredores e a ir roubar bolachas à cozinha.

Ainda ouvia os miudinhos a tocar violino e violoncelo e, ao longe, a fantasia improviso de Chopin. “Quem estará a tocar isto?... Bem, vou mas é deitar estes pequeninos.”

- Hey! Pessoal! É hora da caminha.

- Mas amanhã temos audição… – lamentou o Pedro.

- O importante é dormirem bem e já se está a fazer tarde! Amanhã acordam cedo, vá! Cama!

Olhei para o chão e estava cheio de papéis. Tinham estado outra vez na brincadeira, mas ia ser eu a limpar isto! Ai não mesmo!

- Oh crianças! – Eles pararam – Vocês os três aí. – Um deles era o Pedro.

- Hey! Eu não sou nenhuma criança, tenho onze anos. – respondeu um dos outros dois.

- Pré-adolescentes, aspirantes a pessoas, sei muito bem que vocês andaram aqui na galhofa e sujaram isto tudo! E agora? Quem vai limpar? Acham bem serem outras pessoas que não tiveram nada a ver com isto? Vá! Toca a andar! Os três a apanhar esta lixarada! Rápido!

Eles puseram os olhos no chão rapidamente e colocaram os papéis todos no caixote.

E lá foram para cima.

Entretanto, na entrada principal lá estava a Maria da Paz a tramar das suas.

- Maria, tu estuda, rapariga!

- Ai Magui! – Assustou-se. – Já sei. Tenho que trabalhar! Quais é que eram mesmo os trabalhos de ATC?

- Estão em cima da minha secretária. Tens autorização para entrar no meu quarto. Vai lá e vê se descansas.

- Sim, Magui. Obrigada. Boa noite.

- Boa noite, Maria. – Sorri.

Biblioteca vazia (o senhor Viana já saiu há umas quantas horas, o Jorge já enviou todos os mails que tinha a enviar e o Pombo já anotou todos os aviões que vão aterrar no aeroporto amanhã de manhã).

- Então, Gori? – o Igor vinha agora da sala de alunos.

- Elas estão a cantar… E eu já não consigo ouvi-las mais!

- Pois. Isto também já não são horas! Vai mas é dormir, que estás mesmo com cara de sono!

Apertei-lhe as bochechas, enquanto dizia “Gori Gori Gori”, e ele riu-se e subiu.

Na sala de alunos estava o grupinho das meninas do secundário: as Lauras, Mafaldas, Joana, etc. Tinham uma peça de formação musical nova e não se calavam.

Só me ria com a cara de pânico do Daniel a ouvi-las e a tentar perceber alguma coisa de informática/computadores ou lá o que é! Pff… Essa malta do técnico… ahah. A Margarida, por sua vez, estava entretida com projectos para a AE e com phones, pelo que não deu por nada.

- Meninas, cuidado agora para não fazerem muito barulho que os pequeninos vão dormir e têm audição amanhã. – disse-lhes eu.

- Desculpa, Magui. Já estamos a acabar. Boa noite. – responderam.

Saí da sala de alunos, virei a esquina e o Francisco estava a descer as escadas. Tinha ido buscar o caderno de Estabilidade de Voo para estudar, enquanto me fazia companhia.

Fomos ver, então, lá atrás a sala 5 e a de professores. Tudo vazio.

Quando fomos ao salão, encontrámos a Beatriz. Era ela que estava a tocar o Chopin. Fiquei estupefacta. Bolas! Passamos horas com as pessoas (lembro-me tão bem quando o André lhe tirava dúvidas de Matemática de 9ºano…), falamos sobre as opções para o futuro, mas não imaginamos muitas vezes o quanto têm para dar. Uma coisa é certa: gostámos muito de a ouvir.

Entretanto, foi dormir. E aos poucos toda a casa começou a sossegar.

Voltámos para dentro e vimos o Luís e Carolina a subir, ao mesmo tempo que se picavam mutuamente… Típico. (Será preciso comentar mais? Toda a gente está a pensar o mesmo que eu, right?).

O Jorge e a Filipa já tinham subido para os quartos havia alguma tempo,

Da cozinha ouviam-se gargalhadas a aproximar-se. Claro está! Hoje, o Ricardo e o Tiago tinham ficado encarregues de deixar tudo limpo e a mesa posta para o pequeno-almoço.

- Bem, Ricardo, bora mas é lá para cima que estamos aqui a mais! – disse o Tiago. O Ricardo riu-se, concordando.

- Boa noite, meninos. – respondi com um sorriso.

Voltámos então para a Sala de Alunos, já sem ninguém, e lá ficámos aconchegados no sofá em frente à televisão (ligada na mezzo, é claro). E então comecei:

- Sinto a falta deles… Era tão bom quando eu entrava na sala de alunos e o Alberto estava a dormir e eu atirava-me para cima dele! Ele ficava fulo! E os risos da Laura que se ouviam logo à entrada do gregoriano… E a Teresa sempre no seu mundo a estudar. E o André…

- Já para não falar da Bayley! Opah… Tenho tantas saudades dela! E a Ana faz-me tanta falta… - disse o Francisco.

- Nhaca… É o tempo! Não gosto do tempo! Porque é que não parámos há dois anos? Estava no 12ºAno, não fazia nada, estudava mais piano, passava mais tempo aqui…

- Sabes perfeitamente que não era isso que tu querias…

- Pois não!... Mas estão todos a ir embora… Foi o Tiago, a Bá, depois a Ana, o André, a Laura, a Teresa, o Alberto… Até o Afonso mudou de freguesia! E para o ano…? Ainda cá fico. Bolas! Sinto-me velha.

- Não vale a pena pensares nisso agora.

Abraçou-me, deu-me um beijo na testa e ali ficámos.

É estranho pensar que para o ano vai mais uma grande dose de gregorianos embora e que no ano a seguir a esse vou estar nesse grupo...

Acho que o melhor a fazer é aproveitar estes dois últimos anos ao máximo!!!!!!!

Magui

Sabes que...


Sabes que andas no IGL quando ouves buzinadelas de automóvel e começas a cantar para ti acordes perfeitos maiores e menores. Sabes que passas lá demasiado tempo se cantares para toda a gente ouvir. Se os teus amigos começarem a cantar sétimas e nonas, é porque eles também são do IGL.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sabes que...


Sabes que passas demasiado tempo no IGL quando ao veres a sigla "P.V.P." lês "E.V.P".


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sabes que...


Sabes que andas no IGL quando se cantam os parabéns a N vozes.


(N=número de pessoas presentes)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Brindisi da Traviata (2010)



Vídeo do 'encore' da última Gala de Ópera, em Dezembro.
Este concerto de fim de ano contou com a participação da Orquestra Sinfónica Juvenil, do Coro da Universidade de Lisboa, Coro do Conservatório de Setúbal e Coro do Instituto Gregoriano de Lisboa. Como solistas, Sandra Medeiros, Laryssa Savchenko, João Queirós e Armando Possante. Prof. Christopher Bochmann na direcção.