terça-feira, 17 de março de 2009

O drama, o horror, a tragédia...

Mudaram os chaveiros...



Como é possível??
Tantos anos passaram com aqueles velhos chaveiros
Esperando-nos, alegremente dispostos em fila
Ou suavemente pendurados nas portas...

Ó plástico, corroído pelos anos
Ó capa protectora desfeita
De um papel alvo como a neve,
Perturbado apenas pelos difusos dígitos azuis
Do número de uma sala qualquer...

Ó tom amarelo
Da chave da sala 32...
Amarelo como o sol
Ou como os pioneses do placard da sala de alunos...
Quem te reconhece agora?
Quem te consegue fitar agora,
No teu tom de arrogância torrada,
De amarga indecisão entre o amarelo e o laranja??

E tu!
Sim, tu!
Chave da sala 26,
Roubaste o verde do teu antecessor
E conspurcas-te-o!
Sem respeito,
Sem ter direito,
Sem dó,
Sem piedade!!!
Que ardas no Inferno,
Que o plástico que é tu essência se enrrugue,
Derretendo por fim
Deixando para trás uma poça de matéria verde.

Que me importa a mim que as chaves caíssem??
Que me importa a mim que os aguçados
E afilados gumes do metal
Se crivassem na carne das criancinhas
E as infectassem com tétano?

Se eu soubesse...
Se tivesse sabido que a última vez que peguei
Na chave do armário da sala 18
Seria a
Última
...
Ó, chaveiro
Ó, vida minha
Não mais te teria largado!

4 comentários:

Busorganist disse...

a chave da sala de órgão era tão bonita naquele verde e o papel a dizer "28"... Porque passou a vemelho? e a dizer "sala de órgão"...

quero o verde de volta...:(

Jorge F. Rodrigues disse...

REVISTA MODUS!! :D

Pedro de Arimateia disse...

É definitivo:

O Jorge vai ocupar o cargo do Sr.Viana daqui a uns anos. Obviamente :)

Abraçao

P.s.: Maria... isso cura-se :P

baGa disse...

BAYLEEEYYY ÉS A NOSSA FÉ VIVA A BAYLEY ALE ALE!!